domingo, 24 de maio de 2009

Lançamento do livro Poemausente







Nádya Argôlo
No dia 24 de abril, durante a 9ª Bienal do Livro da Bahia, aconteceu o lançamento do livro do segundo livro do Pe. José Andrade. Durante o lançamento o autor recebeu paroquianos, amigos e leitores na estande da Câmara Baiana do Livro no Centro de Convenções da Bahia.
Poemausente é o nome do livro. Segundo o autor o tema não foi premeditado antes do livro ser escrito. “Nasceu naturalmente com a descoberta dos poemas e das crônicas que tratavam sobre o tema”, conta o autor.
Ao todo são 100 textos inéditos e trás como epílogo um relato do poeta Carlos Drummond de Andrade que sintetiza a idéia de que não há falta na ausência. O livro de José Andrade foi publicado pela Editora Bureau resultando em 156 páginas. Na orelha de Poemausente está um texto do autor falando da sua experiência enquanto escreve. Com a apuração de um graduando em Jornalismo, Andrade descreve o que vê sente com delicadeza e fidelidade deixando a disposição do leitor uma gama de sensações a serem exploradas.
O poeta José Andrade nasceu em Ribeira do Pombal, sertão baiano é escritor “desde que se entende por gente”, estudante de Jornalismo – em final de curso já escrevendo sua monografia sobre “A literatura na história do jornalismo baiano” e exerce seu ministério sacerdotal nas Paróquias Santa Rita e Jesus de Nazaré, em Matatu, bairro de Brotas, em Salvador.
Como sacerdote e fervoroso na sua fé destaca em Poemaausente poemas místicos como A Pietá, Autoretrato, Tua Presença, Infinito, Vestígios e Divino Oleiro. Mas atento ao que acontece em seu redor não deixa de mão seus poemas engajados como Mundo onde os grandes contrastes da humanidade e sua autodestruição e em Céu que nem é céu, quando aborda sobre a cruel realidade das crianças abortadas e das que vivem abandonadas nas ruas.
O professor Sérgio Sobreira,doutorando em Comunicação pela UFBA, escreveu com expressiva sensibilidade o prefácio do livro do ex aluno José Andrade e lembra: “Li certa feita que nenhuma presença é mais real que a falta”. Assim, ele convida o leitor a bailar quando Anunciação convidá-lo para dançar. A repousar na cadência pueril de Calmaria. A revisitar seus dilemas juvenis em A Borboleta e a Rosa concluindo: “Ao fim e ao cabo desta caminhada, se verá que a ausência e presença são paralelas que se encontram”, garante Sergio, pelo menos nos belos poemas de José Andrade.

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