sábado, 30 de agosto de 2008

Renunciar tudo para seguir a Cristo


Mt(16, 21-27)


— O Senhor esteja convosco!

— Ele está no meio de nós.

— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, † segundo Mateus.

— Glória a vós, Senhor!

Naquele tempo, Jesus começou a mostrar a seus discípulos que devia ir a Jerusalém e sofrer muito da parte dos anciãos, dos sumos sacerdotes e dos mestres da Lei, e que devia ser morto e ressuscitar no terceiro dia. Então Pedro tomou Jesus à parte e começou a repreendê-lo, dizendo: "Deus não permita tal coisa, Senhor! Que isso nunca te aconteça!"Jesus, porém, voltou-se para Pedro e disse: "Vai para longe, Satanás! Tu és para mim uma pedra de tropeço, porque não pensas as coisas de Deus, mas sim as coisas dos homens!"


Então Jesus disse aos discípulos: "Se alguém quer me seguir, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e me siga. Pois, quem quiser salvar a sua vida vai perdê-la; e quem perder a sua vida por causa de mim, vai encontrá-la. De fato, que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro, mas perder a sua vida? O que poderá alguém dar em troca de sua vida? Porque o Filho do Homem virá na glória do seu Pai, com os seus anjos, e então retribuirá a cada um de acordo com a sua conduta".

Oração do catequista


Senhor,

chamaste-me a ser Catequista

na Tua Igreja

e na minha Paróquia.

Confiaste-me a missão

de anunciar a Tua Palavra,

de denunciar o pecado,

de testemunhar,

com a minha vida,

os valores do Evangelho.

É pesada,

Senhor, a minha responsabilidade,

mas confio na Tua graça.

Faz-me Teu instrumento para que venha o Teu Reino,

Reino de amor e de Paz, d

e Fraternidade e Justiça.

Ámen.

A missão do catequista hoje


Dom Eurico dos Santos Veloso


A Santa Igreja nos convida, durante o mês de agosto, à reflexão sobre a vocação. No primeiro domingo meditamos sobre a vocação ao sacerdócio; no segundo, a vocação à paternidade, na formação da família; depois abordamos a vocação à vida religiosa e, encerrando o mês, no quarto domingo, a vocação para propagadores da Palavra de Deus, da doutrina da Igreja, encaminhando nossas crianças e adolescentes na formação cristã e acompanhando jovens e adultos no seu amadurecimento da fé, na perseverança dessa caminhada. São os nossos caros catequistas, homens e mulheres, que se dedicam à obra de evangelização.

Como no seio da Igreja existem famílias religiosas com carismas específicos, também existem catequistas com missões distintas, uns dos outros. Todos somos chamados a catequizar, a desempenhar esta missão apostólica, confiada por Nosso Senhor aos seus discípulos: “Ide, pois, e ensinai a todas as nações” (Mt 28,19), edificando, assim, o Corpo Místico de Cristo, na certeza da divindade de Jesus Cristo e da plenitude da vida Nele, para o que fomos criados. Daí a necessidade do cristocentrismo nesse processo, fazendo que alguém se ponha, como ensina o Servo de Deus João Paulo II, “não apenas em contato, mas em comunhão, em intimidade com Jesus Cristo: somente Ele pode levar ao amor do Pai no Espírito e fazer-nos participar na vida da Santíssima Trindade” (Catechesi Tradendæ I,5).

Na mesma Exortação Apostólica, o saudoso Pontífice exorta sobre a preocupação constante de todo o catequista, “seja qual for o nível das suas responsabilidades na Igreja, deve ser a de fazer passar, através do seu ensino e do seu modo da comportar-se, a doutrina e a vida de Jesus Cristo” (op. cit. I, 6). De fato, todo cristão vocacionado deve entregar-se por inteiro ao ministério que lhe é confiado, seja o sacerdotal, o da paternidade, o da vida consagrada e o de catequista, com a missão de reger e de ensinar. Reger, encaminhar nas sendas onde se moldam ou se aperfeiçoam o caráter, ensinando-lhes sobre os princípios do cristianismo que fundamentam a moral e a ética na formação da civilização cristã. Quem não se lembra de seu catequista?E ousaria perguntar-lhe: quem foi seu primeiro catequista?

Oxalá todos respondessem ter haurido as primeiras lições da doutrina cristã no seio materno. Sim, pois os pais devem ser os primeiros a dar aos filhos as lições primitivas e elementares para o cultivo e a profissão de fé católica.

Tivemos depois a catequista, ou o catequista, que nos preparou para recebermos a Sagrada Eucaristia pela primeira vez. E felizes os que tiveram a oportunidade ou cuidaram em continuar essa bela caminhada, conhecendo, mais detalhadamente, as maravilhas dos ensinamentos de Nosso Senhor Jesus Cristo, precedidos por pessoas dedicadas a conduzi-los por esse aprofundamento no conhecimento e avivamento da fé.

Em nossas comunidades, alenta-nos a dedicação de tantos que correspondem ao chamado, pelo dom da partilha entre os irmãos e oferecem à Igreja a sua parcela na obra de evangelização. Obviamente, alguns requisitos são necessários, como um equilíbrio psicológico, capacidade de diálogo e de trabalho em equipe, conhecimento abrangente sobre a matéria, engajado(a) na vida paroquial, saber respeitar as limitações dos outros, disponibilidade e perseverança, apenas para citar alguns atributos essenciais.

Mas hoje, muito mais que em todos os tempos, a realidade em que vivemos, especialmente na América Latina, traduz bem a necessidade de que o zelo missionário, perfil do catequista, seja trabalhado dentro de cada comunidade.É com esta preocupação que a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) aprovou a realização do Ano Catequético, em 2009, numa correspondência ao primeiro Ano Catequético celebrado há quase 50 anos em 1959. Será mais um impulso a esse trabalho, sem o qual não há como formar mais discípulos missionários, com o tema: “Catequese, caminho para o discipulado” e lema: “Nosso coração arde quando Ele fala, explica as Escrituras e parte o pão” (Lc 24,13-35). Atentos à realidade de cada Igreja Particular, à luz do Documento de Aparecida, esperamos redefinir o direcionamento da catequese em nosso país.

Nessa perspectiva, conseguiremos distinguir melhor, de forma atualizada, o papel de cada um na missão de evangelizadores que somos. Não só à frente de grupos de catequizandos, mas principalmente no dia-a-dia, sendo exemplo para os demais, trazendo na fronte a marca de cristão, na disciplina pessoal, na dedicação a tudo o que se propõe, na caridade para com o próximo, lembrando que “aquele que foi evangelizado, evangeliza” (Paulo VI, “Evangelii Nuntiandi”, II,24). O cristão catequiza com um simples gesto, da mesma forma como pode depor contra Nosso Senhor, na intemperança, na incompreensão, no desamor.

O catequista deve, antes de tudo, ser um exemplo de vida, atrair as pessoas para junto de si e, então, poder lhes falar de Jesus, da sua Igreja e da obra da redenção. Ele sucede a uma plêiade de santos, padres, teólogos que, ao longo da história eclesiástica, cuidaram em esclarecer o Mistério de Cristo para fazê-lo sempre melhor compreendido e mais amado. Se buscamos mirar nos santos, nos mártires, em todos que se distinguiram pelas suas virtudes cristãs é porque eles tiveram preceptores que os prepararam de tal forma que se tornaram uma referência, tiveram bons catequistas.

“As condições do mundo atual tornam cada vez mais urgente o ensino catequético, sob a forma de um catecumenato, para numerosos jovens e adultos que, tocados pela graça, descobrem pouco a pouco o rosto de Cristo e experimentam a necessidade de a ele se entregar”, exortava, em 1975, o Papa Paulo VI (op. cit. IV, 44). Essa necessidade se faz mais fremente dentro da realidade atual e, por isso, recomendamos o zelo de nossos catequistas para buscarem sempre se aprofundar no conhecimento mais íntimo de Cristo e a solicitude de todos os cristãos para que, prontamente, atendam ao chamado para evangelizar.De viva voz (katéchesis) haveremos se proclamar a boa nova a todas as nações, sem nenhum temor, destemidos, como os primeiros cristãos, para merecermos gozar da intimidade de Nosso Senhor, que nos revelou as maravilhas, unindo-nos na profissão de uma só fé em um só Deus. “Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; chamei-vos amigos, porque vos manifestei tudo o que ouvi de meu Pai” (cf. Jo 15,15).

Quero, assim, abençoar afetuosamente a todos os catequistas e a todas as catequistas da querida Arquidiocese de Juiz de Fora. Em meu nome, dos presbíteros que são os primeiros colaboradores do Ordinário Local, quero agradecer a vocês pelo seu ministério de formadores e transmissores da nossa fé católica, apostólica e romana. Amém!


Vocação Politica


Dom José Alberto Moura


A vocação é dom de Deus. Há quem parece ter nascido justamente para ser artista, profissional de certa área, padre, religioso, político... A profissão buscada apenas como ganho de dinheiro não é plenamente realizadora da pessoa. Pendor, ideal de vida e valores consoantes com o próprio desejo de se realizar como pessoa humana são importantes para o encaminhamento de vida. Qualquer profissão, buscada apenas por interesses comerciais e de destaque perante os outros, muitas vezes leva à frustração das pessoas.


Em toda a busca de realização vocacional, as dificuldades acontecem. Surge até vontade de desistência. No entanto, o ideal e os valores buscados ajudam a superar os obstáculos. Quando, por exemplo, a vocação ao serviço político é buscada realmente por ideal, nota-se na pessoa algo diferente de outras que procuram na política vantagens econômicas e de ordem puramente interesseira. O político por vocação encontra barreiras às vezes parecidas, impossíveis de superação. Tem vontade de desistir. 'Não quero mais lembrar-me disso nem falar mais em nome dele' (Jr 20, 90), parafraseando o profeta.


Há quem desista, depois de experiência de cargo político. No entanto, precisamos melhorar essa realidade da política. De fato, o desafio é grande. Os bons não podem desistir para os maus não aprofundarem sua maldade. Antes, é preciso estimularmos sempre mais pessoas de qualidade moral e de competência para administrar ou legislar a se apresentarem para assumir cargos políticos. Deste modo, poderão ajudar a máquina política a servir realmente à causa da promoção do bem comum.


Quem não tem bom caráter muitas vezes usa do poder econômico, da mídia e de outros instrumentos, de modo nem sempre ético para manipular a boa fé e até a má fé de muitos, com suborno, compra de votos e mesquinharias para ganhar a qualquer custo. A formação da consciência de responsabilidade pelo voto cidadão é que preciso seja sempre mais aprofundada. Mesmo a união dos cidadãos para a justa pressão em bem da exigência do suprimento de suas necessidades é de suma importância para a melhora do serviço à coisa pública.


São Paulo admoesta sobre o que agrada a Deus. 'Não vos conformeis com o mundo, mas transformai-vos, renovando vossa maneira de pensar e de julgar, para que possais distinguir o que é da vontade de Deus, isto é, o que é bom, o que lhe agrada, o que é perfeito' (Rom 12, 2). A justiça, o serviço ao semelhante, a convivência na promoção da vida e da dignidade humana são inerentes a isso. A ordem política necessariamente passa também por essas condições.
Jesus nos dá o exemplo de verdadeiro serviço por amor, entregando sua vida por nós (Cf. Mt 16, 21-23). Indica-nos a doação de nós para ganharmos o prêmio da vida plena com Ele. As vocações são respostas ao chamado de Deus com a doação pessoal em vista do serviço ao próximo. A vocação política não pode ficar alheia a este encaminhamento. Precisamos formar uma consciência política com o grande ideal de serviço, mesmo com o desprendimento contínuo para o trabalho de promoção da pessoa humana.


Hoje muitos querem cargos políticos com o interesse precípuo ou até exclusivo de ganho de dinheiro e de vantagens pessoais, às vezes em detrimento do bem comum. E seu ganho de dinheiro público nem sempre é proporcional ao bem que prestam quantitativa e qualitativamente à sociedade. Isto não se coaduna com a justiça em relação à grande maioria do povo, que trabalha igualmente pelo bem da comunidade!

A tarefa da política


Dom Walmor Oliveira de Azevedo


A ordem justa da sociedade e do Estado é tarefa principal da política”, afirma o Papa Bento XVI na sua Carta Encíclica “Deus Charitas est”, no. 28. A propósito desta insubstituível tarefa da política, o Papa recorda o pensamento de Santo Agostinho que afirma ser uma ‘banda de ladrões’ um estado que não se rege segundo a justiça. Reger-se segundo a justiça requer um grande empenho e uma inestimável lucidez no horizonte de compreensão daqueles todos que se propõem ocupar o cenário da política. A justiça, portanto, é determinante como capacidade e como empenho dos que aí atuam em se considerando que a justiça é o objetivo e, consequentemente, a medida intrínseca de toda política. Compreende-se, no desafio de escolher homens e mulheres para ocupar lugares no palco da política, que a política é mais do que uma simples técnica para a definição dos ordenamentos públicos. É imprescindível, à luz da vida pregressa dos candidatos, uma avaliação de sua competência, ética e administrativa, para que o Estado seja capaz de realizar a justiça aqui e agora.


O Estado precisa contar com pessoas capazes de atuar e garantir a justiça. A justiça, como objetivo e origem do Estado, é de natureza ética. Compreende-se, imediatamente, que não é suficiente uma simples competência para a realização de algumas obras. Obras podem ser localizadas simplesmente em alguns lugares. A justiça é um olhar que abrange o conjunto da vida da sociedade e incomoda com suas exigências de resposta, particularmente quando faz ver a situação dos excluídos e as condições indignas de vida de grande parte da população. Não é suficiente arrancar aplausos por aquilo que se fez. O fazer como resultado do comprometimento político deve ter uma abrangência muito mais ampla. Sua linha de inclusão tem que perpassar, sobretudo, as periferias e as condições degradantes dos que não participam, segundo o seu direito próprio, de benesses que são de todos e não têm oportunidade de inserção nas dinâmicas que vão definindo a vida e a ordem da sociedade. Só a justiça projeta luzes nestas sombras.
Os agentes, pois, na política, com o compromisso que assumem de estar a serviço para que o Estado cumpra esta sua insubstituível tarefa, eles devem ter a competência necessária para a justiça fecundando sua competência administrativa e sua capacidade de compreender e sustentar os processos de uma ordem social, política, econômica justa. O sapateado no mesmo lugar, e em torno das mesmas coisas, como quem amassa o barro, sem resultados, é conseqüência óbvia da incompetência administrativa, mas também do despreparo para compreender, avaliar e conduzir, nos largos e exigentes horizontes da justiça, as dinâmicas de funcionamento das responsabilidades próprias do Estado na garantia de uma adequada ordem social e política. A avaliação da competência administrativa deve estar pari passu com a acuidade ética dos que exercem a tarefa política, sob pena de uma cegueira ética aprisionar os que têm tarefas políticas em condições que não lhes permitem responder às crescentes demandas desta nova ordem social, econômica e política.



E determinante, pois, que os eleitores avaliem esta acuidade ética dos que se candidatam para averiguar a sua competência para o exercício da tarefa política. Todos sabem que promessas não têm nenhuma consistência de garantia no exercício desta tarefa. Quando se está de fora do jogo, sem o peso da responsabilidade de se dar agora a resposta, é fácil dizer que faria, pode fazer ou propor como se consegue alcançar aquela meta. O cumprimento da tarefa política, pois, supõe uma base ética da mais alta profundidade. Esta exigência requer contribuições significativas de quem pode oferecer parâmetros e tem autoridade moral para indicar valores. A Igreja Católica tem consciência de sua missão neste cenário. O Santo Padre o Papa Bento XVI, no Discurso Inaugural da V Conferência do Episcopado Latino-americano e Caribenho, Aparecida 13-31 de maio de 2007, sublinhou este compromisso eclesial ao afirmar que “a Igreja está convocada a ser advogada da justiça e defensora dos pobres diante das intoleráveis desigualdades sociais e econômicas”.


A opção preferencial pelos pobres é o horizonte de inspiração e o instrumento de medição da participação da Igreja nesta missão de oferecer critérios e compartilhar valores para o cumprimento satisfatório da tarefa política. A configuração desta opção abarca todo o ideológico que configura discussões e encaminhamentos sociais e políticos, e inclui a perenidade de valores e a consideração insofismável da dignidade humana como prioridade na definição de programas e, sobretudo, na atuação política. Por isso, os bispos, Doc. de Aparecida, 396, assumiram o compromisso de “trabalhar para que a nossa Igreja continue sendo, com maior afinco, companheira de caminho dos nossos irmãos mais pobres, inclusive até o martírio”


Universalismo Cristão


Dom Geraldo Magela Agnelo


O apóstolo Paulo, cujo bi milenário celebramos neste ano, é verdadeiramente um judeu em Cristo. Foi chamado por Jesus no caminho de Damasco, para onde se dirigia, a fim de prender os cristãos e trazê-los prisioneiros à Jerusalém. A revelação foi-lhe quase tão violenta quanto o ímpeto empreendido na missão para arrasar os cristãos.
É provável que não tivesse conhecido Jesus pessoalmente, nem tivesse aberto os olhos para o extraordinário efeito da missão do precursor João Batista, nem da pregação de Jesus com autoridade acompanhada de milagres que impressionaram até Herodes e Pilatos!
O caminho de Paulo, determinado por Jesus, é de receber da Igreja nascente o batismo e a catequese necessária. Entre Jesus e Paulo existe a Igreja, a comunidade cristã primitiva que testemunha que Ele morreu por nossos pecados, e ressuscitou para dar sentido à nossa fé.
Paulo, por isso, retoma uma tradição pré-paulina ao escrever aos Coríntios: “Com efeito, transmiti-vos, em primeiro lugar, aquilo que eu mesmo tinha recebido, a saber: que Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras; que foi sepultado; que, ao terceiro dia, ressuscitou, segundo as Escrituras” (1Cor 15,3ss).

Mesmo tendo atrás de si uma longa tradição antigotestamentária, Paulo lê o vulto de Deus no evento de Jesus Cristo. Aí descobre os traços da novidade que o surpreende, o fascina e lhe muda a vida. Para Paulo, Jesus é verdadeiramente “a imagem do Deus invisível”, como se lê no grande hino cristológico da Carta aos Colossenses (1,15). O espaço da novidade de Deus é o Crucificado ressuscitado. Que o Crucificado seja o Senhor, é a ressurreição que o diz. Mas os traços “novos”, surpreendentes, do vulto do Senhor se descobrem olhando o Crucificado.
Ao início de algumas cartas, Paulo reivindica energicamente ser apóstolo. “Paulo, chamado a ser apóstolo de Jesus Cristo por vontade de Deus” (1Coríntios 1,1; cf. 2Cor 1,1). De modo semelhante, mas com acento polêmico na carta aos Gálatas (1,1): “Paulo apóstolo, não da parte de homens, nem por meio de homem, mas por meio de Jesus Cristo e de Deus Pai”. E na carta aos Romanos: “Paulo, servo de Jesus Cristo, apóstolo por vocação, predestinado a anunciar o evangelho de Deus (1,1)”. Com essas prerrogativas, que reivindica com força, se apresenta às suas comunidades.
A liberdade e a coragem de Paulo nascem, antes de tudo, da convicção de que Deus, e somente Deus, é o verdadeiro protagonista de toda ação apostólica. Ele é sereno, sem demagogia, livre das decisões dos homens e de seus interesses. Ele sabe que deverá dar contas a Deus e não aos homens. Sua única preocupação é de permanecer fiel a Cristo. Não se preocupa com sucesso, mas está a serviço dos homens: “Somos vossos servos por Jesus” (2Corintios 4,5). No coração do apóstolo o amor de Deus precede o amor do próximo.

Paulo ocupou-se da caridade desde a primeira de suas cartas, mesmo se o tema venha a ser depois particularmente aprofundado e concretizado pelas exigências pastorais mais do que por exigências teóricas, nas grandes cartas aos Coríntios, aos Gálatas e aos Romanos. Para ele, a fé é o trabalho, a obra, algo que não se reduz ao conhecimento nem ao puro desejo. A esperança é a perseverança e paciência, solidez; é a força de ânimo capaz de durar longo prazo sem deixar-se modificar por desmentidos nem pelo peso das adversidades. A caridade é fadiga, é dura fadiga.
Para ler as cartas de Paulo é preciso ter diante dos olhos a sua figura apostólica e missionária, o princípio norteador de sua teologia, sua relação com a tradição de Jesus e com a tradição apostólica, sua relação com as comunidades. Aí podemos atingir o centro profundo, constante, que sustenta sua espiritualidade, sua teologia e sua atividade de incansável evangelizador.
A figura de Paulo, em todos os seus escritos, aparece inteiramente recolhida na meditação de Cristo ressuscitado e no encargo de ser o guarda de sua memória. Pode-se observar como o desejo de estar ligado às origens é vivo em toda a sua atividade. Quer manter sempre viva, atual e fiel, a memória de Jesus, que para ele se concentra particularmente na cruz/ressurreição. Ele é antes de tudo o ministro da Palavra, que é Cristo.

domingo, 24 de agosto de 2008

TU ÉS O FILHO DO DEUS VIVO. MT 16, 13 - 20


Estamos diante de uma visão pós-pascal, e esta estaria ligada a uma aparição pessoal de Jesus ressuscitado a Pedro; uma aparição igual à que Paulo teve no caminho de Damasco. E o múnus conferido pelo Senhor a Pedro está radicado no relacionamento pessoal que o Jesus teve com o pescador Simão, a partir do primeiro encontro com ele, quando lhe disse: Tu és Simão… chamar-te-ás Cefas.

Sempre nos Evangelho, a confissão de Pedro é seguida pelo anúncio, da parte de Jesus, da sua iminente paixão. Um anúncio diante do qual Pedro reage, porque ainda não consegue compreender. Contudo, trata-se de um elemento fundamental, motivo pelo qual Jesus insiste sobre ele vigorosamente. Com efeito, os títulos atribuídos a Ele por Pedro Tu és Cristo, Cristo de Deus, o Filho de Deus vivo compreendem-se de maneira autêntica, unicamente à luz do mistério da sua morte e ressurreição. E também o contrário é verdade: o acontecimento da Cruz somente revela o seu sentido integral, porque este homem, que padeceu e morreu na cruz, era verdadeiramente o Filho de Deus, para utilizar as palavras pronunciadas pelo centurião diante do Crucificado (cf. Mc 15, 39). Estes textos dizem claramente que a integridade da fé cristã é dada pela confissão de Pedro, iluminada pelo ensinamento de Jesus sobre o seu caminho rumo à glória, ou seja, sobre o seu modo absolutamente singular de ser o Messias e o Filho de Deus. Um caminho estreito, um modo escandaloso para os discípulos de todos os tempos, que inevitavelmente são impelidos a pensar em conformidade com os homens, e não segundo Deus (cf. Mt 16, 23). Também hoje, como na época de Jesus, não é suficiente possuir a justa confissão de fé: é necessário aprender sempre de novo do Senhor, o seu próprio modo de ser o Salvador e o caminho ao longo do qual segui-lo. Com efeito, temos que reconhecer que, também para o fiel, a Cruz é sempre dura de aceitar. O instinto impele a evitá-la, e o tentador induz-nos a pensar que é mais sábio preocupar-nos em salvar-nos a nós mesmos, do que perdermos a própria vida por fidelidade ao amor, por fidelidade ao Filho do Deus que se fez homem.
O que era difícil aceitar, para as pessoas às quais Jesus falava? O que continua a sê-lo também para muitas pessoas de hoje? Difícil de aceitar é o fato de que Ele pretende ser não somente um dos profetas, mas o Filho de Deus, e reivindica para si a mesma autoridade de Deus. Ouvindo-o pregar, vendo-o curar os doentes, evangelizar os pequeninos e os pobres e reconciliar os pecadores, gradualmente os discípulos conseguiram compreender que Ele era o Messias, no sentido mais elevado deste termo, ou seja, não apenas um homem enviado por Deus, mas o próprio Deus que se fez homem. Claramente, tudo isto era maior do que eles ultrapassavam a sua capacidade de compreender. Podiam expressar a sua fé com os títulos da tradição judaica: Cristo, Filho de Deus, Senhor. Mas para aderir verdadeiramente à realidade, aqueles títulos deviam de alguma forma ser redescobertos na sua verdade mais profunda: o próprio Jesus, com a sua vida, revelou o seu significado integral, sempre surpreendente, até mesmo paradoxal em relação às concepções correntes. E a fé dos discípulos teve que se adaptar progressivamente. Ela se nos apresenta como uma peregrinação que tem o seu momento primário na experiência do Jesus histórico encontra o seu fundamento no mistério pascal, mas depois deve progredir ainda mais, graças à ação do Espírito Santo. Esta foi, é e será a fé da Igreja ao longo da história; é a nossa fé, meu irmão e minha irmã. Solidamente alicerçada na rocha de Pedro, é uma peregrinação rumo à plenitude daquela verdade que o Pescador da Galileia professou com uma convição apaixonada: Tu és Cristo, o Filho de Deus vivo.

sábado, 23 de agosto de 2008

Oração pelas vocações


Durante este mês vocacional, estaremos unidos à Igreja, rezando por todas as vocações. Reze conosco assim:


Senhor da Messe e pastor do rebanho faz ressoar em nossos ouvidos teu forte e suave convite: “Vem e segue-me”.
Derrama sobre nós o teu Espírito, que ele nos dê sabedoria para ver o caminho e generosidade para seguir tua voz.
Senhor, que a messe não se perca por falta de operários, desperta nossas comunidades para a missão, ensina nossa vida a ser serviço, fortalece os que querem dedicar-se ao Reino na vida consagrada e religiosa.
Senhor, que o rebanho não pereça por falta de pastores. Sustenta a fidelidade de nossos bispos, padres, diáconos, religiosos e ministros. Dá perseverança a nossos seminaristas. Desperta o coração de nossos jovens para o ministério pastoral em tua Igreja.
Senhor da Messe e pastor do rebanho chama-nos para o serviço de teu povo.Maria, Mãe da Igreja, modelo dos servidores dos servidores do Evangelho, ajuda-nos a responder o SIM.

Vl Domingo de agosto: Dia dos ministérios leigos


Obs: quando agosto tem quatro domingos, o último domingo do mês é dedicado aos ministério leigos e aos catequistas.



Agosto de 2008 tem cinco domingos.Um dia para os catequistas e os ministérios leigos. No quarto domingo do mês vocacional em 2008 lembramos dos ministérios leigos. Estes são, por vocação e missão, os grandes educadores da fé na comunidade cristã por meio de sua vida no dia-a-dia.


Na Igreja do Brasil temos um número muito grande de leigos. São homens e mulheres que, cientes de sua responsabilidade cristã, assumem o serviço à Igreja para testemunhar com a própria vida a pessoa de Jesus e o seu Evangelho. Os ministérios dos leigos auxiliam na maturidade da fé dos cristãos, na vivacidade e no testemunho da Igreja. Os ministérios leigos vivem o batismo como a convicção de que o seguir Cristo significa seguí-lo em tudo .


Uns fazem questão de proclamar em alto som que são católicos , porque se batizaram , fizeram a primeira eucaristia , se crismaram e até se casaram no religioso. Para ser católico não basta receber os Sacramentos, mas é preciso vivê-los. Os leigos que servem a Igreja com seus ministérios desempenham um papel vital na concretização do reino de Deus.O próprio leigo há de primar pela sua fé com o testemunho de vida. Leigo como ministro é aquela pessoa que, com seus ensinamentos teóricos e práticos, vive sua fé como testemunho de vida.

Semana Social


Antecedendo o Grito dos Excluídos, a Ação Social Arquidiocesana promove a Semana Social, um evento para refletir as causas da exclusão social e apontar alternativas para uma vida com dignidade para o povo. A atividade acontece de 1º a 4 de setembro, sempre das 19 às 21 horas, no Centro Pastoral, no Garcia. Entre as opções de oficinas para estudo estão temas como: combate à corrupção eleitoral, soberania nacional, violência, justiça e direito social, as relações entre o estado e o poder popular, entre outros. As inscrições estão abertas, custam R$ 5,00 e podem ser feitas na sede da ASA, também no Garcia. Outras informações: (71) 4009-6671

Vocação ao matrimônio


Quem assume o celibato, não o faz por falta de vocação ao matrimônio.



O termo “vocação” vem da língua latina e se traduz por “chamado”. Esse termo é usado em diversos sentidos, pois seu significado se abre como as muitas e diferentes palhetas de um belo leque.
Em sentido amplo, pode-se falar em “vocação para o matrimônio”, para a “paternidade” ou para a “maternidade”. Essas são vocações implícitas na própria natureza criada. Pelo fato de alguém ser criado “homem”, em sua natureza está “embutido” o chamado ao matrimônio e à paternidade.
Da mesma forma, aquela que é gerada “mulher” traz em si mesma a vocação ao matrimônio e à maternidade. As exceções são muito raras, e quase sempre determinadas por algum tipo de problema pessoal.
É preciso afirmar de imediato que aqueles que são chamados ao sacerdócio e à vida consagrada, quer masculina quer feminina, trazem, sim, em sua natureza, essa vocação ao matrimônio, à paternidade e à maternidade. Se estes todos assumem o celibato, não é por falta da vocação ao matrimônio, mas sim, por uma “opção positiva” diante do chamado de Jesus para uma vida celibatária. Estes todos podem afirmar: “Eu não renunciei ao matrimônio!... Eu aceitei o convite de Jesus, optei e escolhi livre, voluntária e positivamente viver esse tipo de vida para a qual Ele me chamou!”
Na verdade, a família é tão importante para o ser humano que o matrimônio, a paternidade e a maternidade deveriam ser sempre assumidos “como uma vocação personalizada” do Pai celeste. O conhecimento da responsabilidade, da importância e da grandeza de formar um lar deveria ser tão profundo que induzisse os jovens a se prepararem para o matrimônio com todo cuidado, esmero e honestidade. Aliás, deveria ser exatamente com a mesma seriedade que um jovem se prepara para o sacerdócio ou uma jovem para a vida consagrada.
Para os jovens poderem se preparar muito bem para o matrimônio, precisam possuir um conhecimento claro e profundo do “projeto divino da procriação humana”. Esse conhecimento lhes mostrará o verdadeiro significado do “masculino e do feminino”, da “genitalidade” masculina e feminina, do sentido da “mútua atração” entre o homem e a mulher, do significado do namoro, do noivado e do casamento, bem como da importância de formar um lar que seja “ninho de amor”, para a realização e felicidade do casal e dos filhos.

Coroinhas



Nossa Igreja Matriz conta com um animado grupo de coroinhas que servem o altar e auxiliam o sacerdote nas funções litúrgica. Eles têm uma função importante que é desempenhar um ministério a serviço do altar. Ser coroinha é ter responsabilidade e amor a Cristo e à Igreja.
Quanto a origem do termo coroinha, não há concordância.
Há os que dizem que o termo coroinha vem da antiga celebração da missa, em que partes do ritual eram cantadas em coro. Ocasionalmente, alguns dos meninos do coro eram solicitados para auxiliar os padres no altar, donde lhes foi dado o nome coroinhas. Outros que a origem do nome se deve ao fato de que os clérigos recebiam a tonsura quando ordenados – símbolo de pobreza e submissão ao Cristo. Era a raspagem do cabelo no cimo da cabeça em forma de coroa. Alguns coroinhas recebiam também uma pequena tonsura chamada “coroa”, daí o nome.
Portanto, podemos dizer que coroinha ou acólito extraordinário, é o jovem que auxilia nas funções litúrgicas no altar e nas paraliturgias.
O Padroeiro dos coroinhas é São Tarcísio, jovem mártir romano dos primeiros séculos da Era Cristã. Alguns consideram também Santa Maria Goretti como padroeira das meninas coroinhas.

sábado, 16 de agosto de 2008

Domingo, 17 de agosto - Assunção de Nossa Senhora


Evangelho: Lc 1, 39 - 56


— O Senhor esteja convosco!

— Ele está no meio de nós!

— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, † segundo Lucas.

— Glória a vós, Senhor!


Naqueles dias, Maria partiu para a região montanhosa, dirigindo-se, apressadamente, a uma cidade da Judéia. Entrou na casa de Zacarias e cumprimentou Isabel. Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança pulou no seu ventre e Isabel ficou cheia do Espírito Santo. Com um grande grito, exclamou: "Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre! Como posso merecer que a mãe do meu Senhor me venha visitar? Logo que a tua saudação chegou aos meus ouvidos, a criança pulou de alegria no meu ventre. Bem-aventurada aquela que acreditou, porque será cumprido o que o Senhor lhe prometeu". Então Maria disse: "A minha alma engrandece o Senhor, e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador, porque olhou para a humildade de sua serva. Doravante todas as gerações me chamarão bem-aventurada, porque o Todo-poderoso fez grandes coisas em meu favor. O seu nome é santo, e sua misericórdia se estende, de geração em geração, a todos os que o respeitam. Ele mostrou a força de seu braço: dispersou os soberbos de coração. Derrubou do trono os poderosos e elevou os humildes. Encheu de bens os famintos, e despediu os ricos de mãos vazias. Socorreu Israel, seu servo, lembrando-se de sua misericórdia, onforme prometera aos nossos pais, em favor de Abraão e de sua descendência, para sempre". Maria ficou três meses com Isabel; depois voltou para casa.

Assunção de Nossa Senhora


Hoje, solenemente, celebramos o fato ocorrido na vida de Maria de Nazaré, proclamado como dogma de fé, ou seja, uma verdade doutrinal, pois tem tudo a ver com o mistério da nossa salvação, e sendo a Igreja, assim definiu pelo Papa Pio XII em 1950: "A Imaculada Mãe de Deus, a sempre Virgem Maria, terminado o curso da vida terrestre foi assunta em corpo e alma à glória celestial."


Antes, esta celebração, tanto para a Igreja do Oriente como para o Ocidente, chamava-se "Dormício" (= passagem para a outra vida), até que se chegou ao de "Assunção de Nossa Senhora aos Céus", isto significa que o Senhor reconheceu e recompensou com antecipada glorificação todos os méritos da Mãe, principalmente alcançados em meio às aceitações e oferecimentos das dores.


Maria contava com 50 anos quando Jesus a ascendeu aos Céus e, já tinha sofrido com as dúvidas do seu esposo, o abandono e pobreza de Belém, o desterro Egito, a perda prematura do Filho, a separação no princípio do ministério público, o ódio e perseguição das autoridades, a Paixão, o Calvário, a morte do Filho, embora tanto sofrimento, São Bernardo e São Francisco de Sales é quem nos aponta o amor pelo Filho que havia partido como motivo de sua morte.


Portanto a Virgem Maria ressuscitou, como Jesus, pois sua alma imortal uniu-se ao corpo antes da corrupção tocar naquela carne virginal, que nunca tinha experimentado o pecado. Ressuscitou, mas não ficou na terra e sim imediatamente foi levantada ou tomada pelos anjos e colocada na Igreja Triunfante como Nossa Senhora, Mãe e Onipotência Suplicante assunta aos Céus!

3º Domingo: Vocações Religiosas


Perseverantes, os religiosos estão a serviço do Povo de Deus por meio da oração, das missões, da educação e das obras de caridade. Com sua vida consagrada, eles demonstram que a vida evangélica é plenamente possível de ser vivida, mesmo em mundo excessivamente material e consumista. São sinais do amor de Deus e da entrega que o homem é capaz de fazer ao Senhor.

Formatura


No dia 15 de agosto foi celebrada missa em ação de graças pela formatura de Aline Cerviño. Participaram da celebração parentes e amigos, entre eles, os pais Rogélio Peleteiro e Delia Peleteiro, o irmão Rodrigo Peleteiro e o namorado Vitor Amoedo.

Aline é formada em turismo pela Faculdade Jorge Amado.

Hora Santa pelas famílias


No dia 5 de agosto foi realizada uma hora santa pelas famílias. A organização ficou a cargo dos ministros extraordinários da comunhão. No dia anterior, 4 de agosto, foi celebrada a missa de entrega com presença dos casais que estarão servindo no lll Encontro de Casais com Cristo (ECC) da Paróquia jesus de Nazaré. O evento estará sendo realizado durante este final de Semana no Instituto Frei Ludovico, como parte da programação da semana da familia em nossa paróquia.

Abertura da Semana da Família



A abertura da semana da familia aconteceu no dia 3 de agosto, durante a ceebração do dia dos pais. No dia 4 foi realizado um encontro sobre bioética, o qual teve como facilitador o Pe. Adilton Pinto, cordenador do curso de bioética, no Pontifício Instituto João Paulo ll para Estudos sobre Matrimônio e Família.

Participaram do evento pessoas de diferentes faixa atária, entre elas uma presença significativa de jovens e crianças.

domingo, 10 de agosto de 2008

Oração pelas vocações


Durante este mês vocacional, estaremos unidos à Igreja, rezando por todas as vocações. Reze conosco assim:


Senhor da Messe e pastor do rebanho faz ressoar em nossos ouvidos teu forte e suave convite: “Vem e segue-me”.

Derrama sobre nós o teu Espírito, que ele nos dê sabedoria para ver o caminho e generosidade para seguir tua voz.


Senhor, que a messe não se perca por falta de operários, desperta nossas comunidades para a missão, ensina nossa vida a ser serviço, fortalece os que querem dedicar-se ao Reino na vida consagrada e religiosa.


Senhor, que o rebanho não pereça por falta de pastores. Sustenta a fidelidade de nossos bispos, padres, diáconos, religiosos e ministros. Dá perseverança a nossos seminaristas. Desperta o coração de nossos jovens para o ministério pastoral em tua Igreja.


Senhor da Messe e pastor do rebanho chama-nos para o serviço de teu povo.
Maria, Mãe da Igreja, modelo dos servidores dos servidores do Evangelho, ajuda-nos a responder o SIM.

Amém.

sábado, 9 de agosto de 2008

2º DOMINGO: Vocação Familiar - Dia dos pais


O Pai na família é fundamental. Seu papel de educador, em colaboração com a mãe, é um dos pilares da unidade e bem-estar familiar cujos frutos são filhos bem formados e conscientes do que significa ser cristão e cidadão. O pai é representante legítimo de Deus perante os filhos e é sua missão conduzí-los nos caminhos de Cristo, da verdade, da justiça e da paz. Cabe aos pais que o amor, compaixão e harmonia reinem no lar.Ser pai é buscar um mundo melhor para os filhos e demonstrar que a família deve sempre ser a base da nossa sociedade.

A Igreja Católica e os Jogos Olímpicos



Rádio Vaticano


Aberto os Jogos Olímpicos em Pequim, na China. Em vista deste grande evento esportivo mundial, a Igreja local se mobilizou para dar assistência espiritual, formação, acolhimento e segurança aos atletas e turistas.


"As 20 igrejas católicas de Pequim, o maior Seminário e a diocese local abrem suas portas aos visitantes", declarou o Padre Matthew Zhen Xuebin, responsável diocesano, para a assistência durante os Jogos Olímpicos.


Os voluntários leigos foram treinados para o acolhimento dos fiéis católicos no país. "Tudo está pronto", disse o Padre Matthew Zhen. Um dos principais objetivos é a segurança também para as igrejas: elas têm que ser vigiadas para prevenir eventuais incêndios, roubos e atividades terroristas.


Neste sentido, a Igreja Católica terá uma significativa presença nos Jogos Olímpicos de Pequim, graças à "abertura que a China está demonstrando", disse, por sua vez, o Padre Kevin Lixey, Diretor do Setor Igreja e Esporte do Pontifício Conselho para os Leigos.


Em declarações à imprensa, o Padre Lixey assinalou que "embora não tenha havido convite formal aos representantes do Vaticano, por parte do Comitê Olímpico Internacional, os Bispos locais marcarão presença no evento esportivo".


"Em relação à participação da Igreja Católica de outros países, estarão presentes nos Jogos de Pequim capelães de várias nações, como Itália, Polônia, Alemanha", acrescentou Padre Kevin Lixey, que revelou ainda que o "Arcebispo de Colônia (Alemanha), Cardeal Joachim Meisner, acompanha a equipe olímpica alemã até a capital chinesa".


"Esta presença é possível porque, com os Jogos Olímpicos, a China abre as portas ao mundo e o mundo vai para a China", declarou o representante do Pontifício Conselho para os Leigos, que assinalou, por fim, que o Vaticano viu com agrado "a decisão de que se celebrem Missas, em algumas igrejas e em diversos idiomas, em Pequim, para os fiéis presentes nos Jogos".


O Vaticano e a China Desde que foi eleito Papa, em 19 de abril de 2005, Bento XVI tem expressado a sua esperança no reatamento das relações entre o Vaticano e a China, interrompidas desde a Revolução Cultural e a subida ao poder de Mao Tsé-Tung. Desde o início deste pontificado registaram-se vários sinais de aproximação e de expressão de mútua boa vontade.


Por outro lado, a realização dos Jogos Olímpicos de Pequim, a partir de hoje até o próximo dia 28, tem sido ocasião para Bento XVI enviar suas mensagens para o bom êxito do acontecimento esportivo, na paz e na fraternidade.


Domingo passado, o Papa aproveitou a oração do Ângelus, em Bressanone, onde se encontra de férias, para enviar a sua saudação à China, aos organizadores dos Jogos e a todos os participantes, "em primeiro lugar aos atletas, com os votos de que cada um possa dar o melhor de si, no genuíno espírito olímpico"


"Sigo com profunda simpatia este grande encontro esportivo, o mais importante e aguardado em nível mundial, e exprimo os mais vivos votos de que ele ofereça à comunidade internacional um válido exemplo de convivência entre pessoas das mais diversas proveniências, no respeito pela dignidade comum. Que o esporte possa, mais uma vez, ser penhor de fraternidade e de paz entre os povos", disse o Papa.


Tal interesse do Santo Padre pela China foi expresso também, na última quarta-feira, ao visitar a casa natal de São José Freinademetz (1852-1908), missionário que dedicou toda a sua vida à evangelização da China.


Na ocasião, o Bispo de Roma declarou que "a China mostra ter um papel importante na vida política, econômica e também ideológico no contexto mundial". Aqui, Bento XVI fez votos de que "este grande país se abra ao Evangelho".


Os Jogos Olímpicos de Pequim coincidem com a celebração do centenário de morte de São José Freinademetz, da Congregação dos Missionários do Verbo Divino, que dedicou sua existência à evangelização da China.


Com efeito, parte dos Jogos Olímpicos, isto é, as regatas marítimas, será em Qingdao, um lugar na história dos Missionários Verbitas, graças à ação apostólica de São José Freinademetz. Qingdao era um território ocupado pelos alemães em 1897. Ali o santo missionário Verbita trabalhou por 30 anos.


Enfim, no dia 7 de maio passado, quando a Orquestra Filarmônica da China ofereceu um concerto ao Papa, no Vaticano, o Pontífice se dirigiu a "todos os habitantes da China", recordando a importância dos Jogos de Pequim 2008, uma manifestação que vai além do esporte. "Os chineses", disse, "se preparam para viver um momento de grande valor para toda a humanidade".

Retiro do clero


No período de 4 á 8 de agosto aconteceu no Centro de Treinamentos de Liderança em Itapuã (CTL), o retiro do clero da Arquidiocese de Salvador. Orientado pelo Arcebispo de Manaus-AM, Dom Luis Viana Soares, o retiro teve o seguinte tema: A conversão Pastoral e Renovação Missionária á luz dos ensinamentos Paulinos.

O encerramento aconteceu no dia 8 durante a solene celebração eucaristica de ação de graças pelos trinta anos de ordenação episcopal de Dom Geraldo Magella, cardeal Arcebispo de Salvador.

Vigília da Transfiguração



No dia 2 de agosto, a partir das 18 h foi realizada em nossa paróquia a Vigília da Transfiguração. Durante a primeira metade da noite os paroquianos, confraternizaram-se, rezaram e refletiram sobre o tema: Escolhe, pois a vida. Cada um dos momentos foram preparados pelas pastorais e movimentos da paróquia usando de bom gosto e criatividade.
As 24,h, deu-se o início da celebração da missa de encerramento da Vigília que já é tradição em muitas paróquias da Arquidiocese de Salvador/BA.

Oração pela paz


No dia primeiro de agosto, a igreja Jesus de Nazaré, abriu suas portas as 8 h e permaneceu aberta durante todo o dia, para oração pela paz na cidade de Salvador. Os fiéis, unidos, rezaram pela paz e pelas vítimas da violência em nossa cidade.
No final do dia foi dada na porta da Igreja a benção com o Santíssimo Sacramento, enquanto que em outras igrejas de Salvador também se realizou o mesmo ato litúrgico. Após a benção foi celebrada uma missa pela paz.

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Semana da Familia


A Comissão Arquidiocesana de Pastoral Familiar convida para a abertura da Semana Nacional da Família no dia 9 de agosto, a partir das 13 horas, no Campus da Federação da Universidade Católica do Salvador. Na programação, momentos de louvor, reflexões, Celebração Eucarística, arte e cultura.

Semana da Família na Paróquia Jesus de Nazaré

De 10 a 17 de agosto realiza-se a Semana Nacional da Família, com o tema “Acreditar na família é construir o futuro”. O objetivo é fazer com que toda a sociedade reflita e promova os valores humanos e cristãos da família, como amor, amizade, partilha, solidariedade, justiça e comunhão. Para celebrar este evento nossa paróquia organizou a seguinte programação:
• 10/08 (Dom) – Abertura da Semana da Família
• 11/08 (Seg) – Palestra sobre a dignidade da Família Cristã
• 12/08 (Ter) – Missa da entrega, casais ECC
• 13/08 (Qua) – Celebração da Semana da Família na forania
• 14/08 (Qui) – Hora Santa pelas famílias
• 15 a 17/08 – III Encontro de Casais com Cristo
• 17/08 (Dom) – Encerramento da Semana da Família

domingo, 3 de agosto de 2008

Primeiro Domingo (dia 2 de agosto): Dia do Padre


No primeiro domingo do mês vocacional, motivados pela festa de São João Maria Vianney, padroeiro dos párocos, celebramos o dia do padre. Haveria necessidade de um dia especialmente para o padre? Do ponto de vista da comunidade eclesial é importante ressaltar o lugar e a missão de todos os ministros ordenados, ou seja, os diáconos, os padres e os bispos. O 1º Congresso Vocacional do Brasil, realizado em 1999, diz que a vocação dos ministros ordenados está a serviço das outras vocações. Logo, é serviço que organiza os demais serviços.

Trata-se de um ministério em função dos outros serviços da comunidade. Evidentemente o padre, ou o sacerdote, o presbítero, como costumamos chamar, tem na vida da comunidade um valor muito grande. Desde que Jesus confiou a São Pedro o cuidado e pastoreio do rebanho, a Igreja sabe que a origem do ministério ordenado, também do padre, está no seguimento de Jesus e no seu chamado aos apóstolos, a quem confiou a missão de evangelizar.

Ao padre – pai – compete ser sinal da unidade de todo o povo de Deus, contribuindo, pela caridade pastoral, para a edificação e o crescimento da comunidade, de forma que ela seja cada vez mais evangelizadora e missionária. Rezemos muito pela perseverança e fidelidade de nossos presbíteros. Supliquemos ao Senhor da Messe para que envie para a nossa cidade muitos e santos padres. No dia do padre vamos elevar nossa ação de graças a Deus e expressar nossa gratidão, carinho e afeto para com os padres de nossas comunidades.

Eles foram escolhidos por Deus, chamados por Jesus e enviados pelo Espírito Santo.

sábado, 2 de agosto de 2008

Encerramento do mês do dízimo


A pastoral do dízimo realizou nos dias 24, 25 e 26 de julho o tríduo do dízimo, durante o qual se refletiu sobre as dimenções; religiosa, missionária e social da pastoral do dízimo.

No dia 27, ultimo domingo de julho, mês do dízimo, foi celebrada a partilha de todos nossos dizimistas. Após a celebração da missa , a comunidade paróquial partilhou um bolo com todas as pessoas que se fizeram presentes ao evento.

Catequese


A catequese da nossa paróquia tem nove turmas de catequisandos que se preparam para receber os sacramentos de iniciação cristã; batismo, eucaristia e crisma. São crianças, adolescentes e adultos que estão sendo orientados, semanalmente, pelas nossas catequistas.
Então, o que é catequese?
Catequese é fazer ecoar o que vem do alto. A catequese tem o objetivo de instruir, informar, transmitir, ensinar de viva voz; portanto: “Catequese é um processo dinâmico e abran­gente da educação da fé, da doutrina cristã, a fim de iniciar na plenitude da vida cristã e ajuda as pessoas a se encontrarem com Cristo e a caminhar com Ele.
Catequese é o aprofun­damento da fé daqueles que já se converteram, mas sentem necessidade de conhecer mais detalhadamente a pessoa, o ensinamento e a prática de JESUS”. Ela busca sempre unir fé e vida, ajudando as pessoas a crescer segundo a vontade e os projetos de DEUS.
Portanto catequese não é um curso que tem fim. Devemos, cada vez mais, buscar conhecimentos ligados à nossa muito amada Igreja Católica. Nós entramos para a catequese para conhecer e amar a DEUS e dela nunca devemos sair.

São Paulo, Apóstolo


Dom Geraldo M. Agnelo, cardeal Arcebispo de Salvador


O propósito da viagem de Saulo a Damasco é defender a causa de Deus, guardar a pureza da revelação. A situação explodira anos antes em Jerusalém, numa das sinagogas de judeus de língua grega.


Saulo recorda bem a cena: as palavras arriscadas de Estevão contra a Lei e o templo; a acusação, a sentença, a lapidação. Ele esteve presente. Como um tumor, a heresia dos “discípulos do Caminho”, depois chamados “cristãos”, havia se difundido, criando “desordens” entre o povo. As autoridades intervinham de modo drástico. Os mesmos problemas verificavam-se além dos confins da Judéia.
O Sinédrio de Jerusalém, com autoridade moral sobre as sinagogas espalhadas pelo império, enviava emissários para conter a situação. Saulo é um deles. Um Messias crucificado.. que imbecilidade! Pessoas inteligentes podem chegar a tanto?
Saulo antevê os muros de Damasco. As energias perdidas no caminho se renovam, o ânimo se acende, o espírito se prepara para o encontro com as autoridades da sinagoga local. A luz do dia é forte: meio dia, faltam poucos quilômetros, mas, improvisamente a viagem é truncada. O sol se apaga. Um incidente? Não. Uma emboscada? Um violento choque na encruzilhada? Um terrível impacto? Sim. Uma ruptura interior? Sobretudo.
Saulo tentará explicar o que lhe sucedera: luz, voz, queda, cegueira, revelação, graça… Uma coisa é clara: Saulo foi raptado interiormente. Uma experiência que muda violentamente o centro de orientação da sua vida.
Não existe outro Evangelho! Para Paulo o Evangelho é uma pessoa viva dentro de si: Jesus de Nazaré. A boa notícia não é tanto o que decorre do estupor confuso, diante de um túmulo vazio, na manhã daquele primeiro dia da semana depois do sábado da Páscoa do ano 30 d.C., mas a experiência do Cristo vivo em seu coração, que de dentro repete o seu anúncio e revive o seu mistério pascal. O Evangelho é Ele, Mestre interior e Pastor incansável, que se serve da mente, da vontade, do coração, das forças físicas dos fiéis para pensar, querer, amar, agir. Uma força interior que dilata todas as dimensões da personalidade.
Não existe outro Evangelho. Este é o grande fruto da experiência de Damasco que revolucionou o mundo interior de Paulo. Tudo mais é nada: ser hebreu, pertencente à tríbu de Benjamim, circuncidado, a formação farisaica… Nada pode ser equiparado ao conhecimento de Jesus Cristo, à experiência de ter sido por ele arrebatado, preso, conquistado.
Escrevendo aos irmãos gálatas, 1, 8, o apóstolo é ainda mais drástico e declara: “Se nós mesmos ou um anjo do céu vos pregasse Evangelho diverso daquele que vos pregamos, seja anátema. Não existe outro Evangelho”.
A identidade cristã deve gratidão a Paulo pela sua firmeza, quando “os discípulos do Caminho” foram tentados a identificar-se como nova corrente religiosa do judaísmo do primeiro século. Paulo os liberta de seus medos, tira-os de suas seguranças, desmascara compromissos aninhados em seus pensamentos. Não existe outro Evangelho.
O suporte da existência não pode ser substituído nem com a observância da Lei, nem com a prática da circuncisão: no centro está Cristo, somente Ele. E se está Cristo, existem dois braços estendidos, à direita e à esquerda: aos judeus e aos pagãos, aos escravos e aos cidadãos livres, aos homens e às mulheres. O universalismo de Paulo, verdadeiro, fecundo, nasce aqui, não em Tarso. Em Cristo, com Cristo, por Cristo. Não existe outro Evangelho.
“Com o exemplo de Paulo e das primeiras comunidades, é urgente desenvolver as ocasiões de diálogo com nossos contemporâneos, sobretudo onde se joga o futuro do homem e da humanidade. Os areópagos que solicitam hoje o testemunho dos cristãos são numerosos; eu vos encorajo a estar presentes no mundo. Como o profeta Isaias, os cristãos são colocados quais sentinelas em cima da muralha, para discernir os desafios humanos das situações presentes, para perceber na sociedade os germes de esperança e para mostrar ao mundo a luz da Páscoa, que ilumina com um novo dia todas as realidades humanas” (João Paulo II, 5 de maio de 2001).