Começa o tempo do Advento. É tempo de alerta. O que nós esperamos? Tornamo-nos aquilo que esperamos. Quem espera pela morte, produz morte. Quem aguarda o Senhor Jesus, tem a mesma vida do Filho do Pai. Desse modo a história se torna o lugar da vigilância, da espera, da decisão e conversão: é mantendo a luz do Senhor acessa que o discípulo continua a missão do Mestre.
Quando caminhamos como Jesus caminhou, emprestamos nossos pés adiantando o retorno dele. A salvação não é algo de extraordinário, ela acontece no cotidiano da vida. Noé e Ló são modelos de discernimento: o êxodo da própria geração não é fuga, mas compromisso, estilo de vida diferente.
Em lugares e tempos diferentes, seja na casa (repouso), seja no campo e moinho (trabalho), devemos sempre estar a favor do Reino. Não é importante o que se faz (o trabalho dos dois homens é o mesmo), mas como se faz, quer dizer, ter critérios de ação bem claros.
A “hora” é o presente: o tempo está “grávido” da eternidade, a vida toda é uma preparação para descobrir Deus. Assim como Daniel Comboni que na história soube detectar a “hora da África” e despertou a Igreja toda para que vigiasse e se posicionasse contra o “ladrão” que fazia da escravidão, da economia e da política de opressão um absoluto.
A liturgia de hoje nos convida também a imaginar a paz como transformação total e no relacionamento entre as nações. Os instrumentos de destruição serão transformados em instrumentos que produzem vida. O que estamos esperando? Como esperamos? Como vivemos a justiça e a paz? A resposta certa apontará para o verdadeiro sentido do Advento
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